Eu me preocupo demais em saber o que as pessoas pensam de mim e no final das contas de nada serviria saber mesmo.
Será?
Não tenho certeza das lições de moral embutidas em clichês de filmes dos anos oitenta e mesmo que as leve comigo acredito que não podemos guiar nossas vidas em valores de um imperio que estava há três decadas do seu fim.
Quero ser amado? por quem? por ser eu mesmo ou por ser uma versão impossivel de mim? Versão esta que eu acredito saber como é, mas como em uma alucinação de drogas ou como em um sonho, quando focamos nos detalhes e nos degraus que nos levariam até esse ideal, tudo se desfaz como um oasis que deixa de existir quando nos aproximamos.
É dificil organizar os sentimentos em letras e codigos.
Sinto falta do que não fui e tenho medo de quem eu posso ser.
Sei das coisas que não sou e celebro quem evitei de ser, mas também é dificil não lamentar quem não tive verve suficiente para ser.
Todos os dias acorda sem saber o que pode acontecer e se esforça para que nada aconteça.
Por que você treme? o que te emociona? por que você não está dormindo?
estou sentindo dores de novo e não tenho certeza se são por conta de remedios, estresse ou por mau jeito
sinto, há muito tempo, que estou dançando no olho de um furacão com os olhos vidrados no céu para ter certeza de que não vou enfrentar os ventos mais fortes, mesmo que isso signifique nunca abandonar essa tempestade.
Acordei da minha falta de sono pensando nas amizades que se seguiram pela vida e em como eu acabei perdendo contato com pessoas que por escolha minha não sairiam da minha vida mas sem ser por escolha aparente acabaram saindo mesmo assim.
O que é estar sozinho? onde está o conforto nisso?
Veja bem que eu não estou triste nem tenho muitos motivos para tal, eu SOU triste pela forma como acabei escolhendo ser.
E se a escolha foi acertada ou não aí ainda não sei.