31/08/2014

Senseless

    Chega a ser cômico como  o tempo voa e como ele, como o vento, nos molda e nos transforma em coisas(indivíduos) que fogem de qualquer expectativa do que tivemos ou teríamos com as informações que nos era acessível.
    Vejo hoje como a vida me foi injusta por vezes na minha infância e primeira juventude, e como, após algumas fases mais tristes, eu me encontrei com muita sorte e até gozando de todos os meus objetivos em outros tempos. Vendo esse tipo de coisa eu me pergunto: Ótimo, você conseguiu o tal ponto que te enlouquecia X tempo atrás, e agora? e quase que instantaneamente seu cérebro absorve qualquer informação quase esquecida do seu campo de memória e o transforma em próximo sonho...
    É triste pois nos mostra que a infelicidade é um cachorro cego de fúria que corre atrás de cada um de nós(consumistas)(seja de objetos ou sentimentos, consumimos tudo como um incêndio em um posto de gasolina) que fugimos disso deixando para traz o cão almejando e conquistando coisas na velocidade que nos é possível, como se nosso corpo fosse o veículo de trabalho de nossa corrida contra o que na verdade é apenas a consciência de que nós viramos escravos acorrentados e soldados nessa grande maquina que vem a ser a sociedade.
    Essa maquina gorda, lenta e vermelha do sangue dos hipossuficientes que se moem dentro das engrenagens férreas  e oxidadas deste monstro descontrolado que uns dizem ter olhos e direção outros dizer estar sendo guiado, mas eu acredito que essa quimera de necessidades e sentimentos seja apenas um cadáver que como se de volta à vida busca sem direção uma motivação.
      

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